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Inovar é preciso ou é indispensável?

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Escrito por Cleide Nolasco.

 

Não há resposta certa, mas também esse questionamento não tem a intenção de propor nenhuma reflexão subjetiva.

No mundo coorporativo, é necessário entender a cultura e as diretrizes da organização para se orientar sobre o “ser preciso ou indispensável”. Porém, vale antes, alinhar o entendimento sobre essa palavra que se tornou bastante querida a partir da indústria 4.0 do trabalho: a inovação.

Em seu significado literal, inovar é tornar novo, é renovar, é restaurar. Mas, nem sempre precisa ser de forma disruptiva.

Conforme disse Norman Vicent Peale: “mude seus pensamentos e você muda seu mundo” e Sócrates, “conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses”. O autoconhecimento é um exercício necessariamente infinito e, através dele, aumentamos a possibilidade de acertos e ganhos nos desafios ligados a gestão.

Nesse sentido, podemos pensar que, se cada um a partir da mudança de mentalidade, observar o conceito de inovação e aplicar em si mesmo, poderá produzir então ideias inovadoras? É provável que sim.

“Quem é você no seu lugar de produção? No seu lugar de produção, quantos não só vestem, mas amam a camiseta? Ninguém cuida – ou faz florescer – o que não gosta”, já disse Liana Merladete.

Para inovar, talvez, seja preciso pessoas que amem mais o que fazem e que se identificam com a cultura local.

Todos os dias a capacidade de alguém inovar morre um pouco quando não se sente ouvida, quando a crítica vem vestida de “construtiva” (mas não é), quando há mais apontamentos e menos colaborações e, ainda mais, quando limitamos a inovação apenas a uma forma de fazer.

Mas, até quando a maioria das pessoas entenderá a inovação somente atrelada às tecnologias e a automações?

A matemática é simples e o resultado pode ser mensurado, basta entender as fórmulas.

Pessoas + Negócio = Inovação em gestão;
Pessoas + Tecnologia = Inovação em serviços;
Negócio + Tecnologia = Inovação em processos

Mas somente a soma dos três itens (pessoas + negócio + tecnologia), pode resultar em uma experiência inovadora.

Olhando pela ótica de Peter Drucker, “todas as inovações eficazes são surpreendentemente simples”.

Simplificar um processo e agregar facilidades também é inovar.

Muitas vezes me pego vendo as coisas da forma como disse Wenderson Gomes, “criatividade e inovação só podem florescer quando você abraça as diferenças das pessoas”. Mas para falar mais sobre isso aqui, teria que discorrer sobre o conceito do verbo abraçar e, seria um desviar do foco.

Praticamente estamos com a revolução industrial 5.0 batendo em nossa porta, e ela até já chegou a alguns lugares. E, ao contrário do que muitos pensam, essa quinta revolução não pretende ascender na linha da tecnologia e menos ainda substituir as pessoas por máquinas. O intuito é gerar um equilíbrio entre seres humanos e sistemas inteligentes.

Parece que não sabendo gerir humanos, pouco se terá o que fazer com a tecnologia.

Penso que o futuro do trabalho tem como perspectiva a colaboração e integração entre o homem, a tecnologia e o meio ambiente, gerando assim, enfoque na sustentabilidade contínua.

Será então, que para inovar é preciso ser criativo? 

…Mas essa ainda é uma condição humana.

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