Pular para o conteúdo

Engajando as crianças no planejamento financeiro familiar

  • por

O planejamento financeiro familiar é importante, principalmente, para alinhamento no que diz respeito à destinação da renda. Através do planejamento, é criada uma estratégia que consiste na gestão de todas as fontes de renda e gastos da família, ajudando a manter as finanças sob controle, desafogar o orçamento e até mesmo ter uma reserva.

Para as famílias com crianças, é importante também envolvê-las e estimular a educação financeira desde cedo. Mas como engajar as crianças para fazerem parte do planejamento familiar?

Por onde começar?

Uma dica muito boa é conversar sobre a importância do dinheiro para a sociedade através de histórias, pois, assim, é possível engajar a criança por meio de uma narrativa envolvente e educativa.

Falar sobre fatos históricos ajudam a contextualizar e a criar uma linha do tempo para facilitar o entendimento. Por exemplo, você pode dizer curiosidades da época, como origem da palavra salário, que vem do pagamento feito ao trabalhador na forma de certa quantidade fixada de sal.

Outra forma de contar história é abordar o surgimento das moedas e cédulas, que tiveram o seu papel na criação dos bancos, uma vez que com a troca do dinheiro, houve a preocupação de ter onde guardar determinadas quantias em um local seguro.

Desse modo, a criança entenderá o impacto do dinheiro para a sociedade e a importância econômica que ele tem.

Outras dicas

A mesada é uma ótima opção para ensinar os filhos sobre escolhas financeiras, e existem também vários aplicativos que auxiliam no controle financeiro. Ela é o primeiro passo na gestão do dinheiro, e permite que a criança controle o quanto recebeu, quanto gastou e quanto sobrou.

Os pais podem orientar sobre como organizar e pagar as contas. Uma sugestão é elaborar um quadro para registrar valores e prazos de vencimento, para que as crianças acompanhem junto aos pais. Isso acaba gerando um senso de responsabilidade, que fará com que se acostumem com a prática e se preparem para o futuro.

Desenvolver atividades lúdicas também é uma ótima forma de aprender brincando. Um exemplo é o jogo do banco imobiliário, em que os participantes recebem cédulas para fazer compras de terrenos, empréstimos e outras atividades financeiras.

Outra ideia interessante é a do “cofrinho”, pois ela ensina o ato de poupar. A criança irá se adaptar a ter sempre um local para guardar o seu dinheiro e também escrever o quanto ela retirou.

Adquirir um título de investimento em renda fixa é um outro modo de poupar dinheiro. A intenção aqui é que os pais sejam um exemplo motivador para os seus filhos. Para isso, deve-se mostrar a importância de economizar, separar uma quantia mensalmente e se preparar para o futuro.

Por último, é necessário estimular a leitura de livros infantis sobre educação financeira. Há diversos títulos que dialogam de forma simples e clara sobre o assunto, como:

  • Como se fosse dinheiro, de Ruth Rocha;
  • O pé de meia mágico, de Álvaro Modernell;
  • Dinheiro compra tudo? — Educação financeira para crianças, de Cássia D’Aquino;
  • Guardiões da galáxia: o poderoso plano de Rocket, de Aubrey Sitterson;
  • A menina, o cofrinho e a vovó, de Cora Coralina;
  • Crise financeira na floresta, de Ana Paula Hornos;
  • Zequinha e a porquinha Poupança, de Álvaro Modernell;
  • Educação financeira para crianças (cinco volumes), de Luiz Roberto Dante;
  • Como cuidar de seu dinheiro, de Thiago Nigro e Maurício de Souza;
  • Meu poderoso cofrinho, de Clariana Barcelos.

Com isso, além de estimular o hábito da leitura, a criança se tornará consciente sobre seu dinheiro no futuro, o que, certamente, será um enorme benefício.